“Tudo merece ser lido. Acredito na inteligência e
no espírito crítico do leitor.”
Patrícia Kogut - Jornalista
Tenho livros que marcaram a minha
infância guardados até hoje na minha estante. Um deles é "Vulcões e
Terremotos", que me encantou com relatos sobre a erupção do Vesúvio
Pompeia e outras tragédias afins. Outros são da Condessa de Ségur (estudei na
escola francesa do Rio): "Nouveaux Contes de Fées" e " Les Malheurs de Sophie" (minha filha se chama Sofia por causa desse livro). E uma coleção
de aventura e mistério, " Le Clan
des Sept", de Enyd Blyton.
Muitos livros me marcaram e penso
muito neles volta e meia. A trilogia mais importante do Philip Roth ("A
Marca Humana", "Pastoral Americana" e "Casei-me com um
Comunista"); "Cândido", de Voltaire. "Anna Karenina",
de Tolstoi. Todos os de Amin Malouf.
Anna Karenina
A epítome da sedutora, a expressão da
paixão, de uma angústia bem feminina, o retrato de uma época, e ainda assim
nada datada. Uma personagem sensacional.
O principal a gente aprende nos livros
Adoro Machado de Assis. Queria, de
verdade, ter conhecido e sido amiga de Lima Barreto. Sei que a obra dele é
irregular e acho isso ainda mais interessante e enternecedor. Li muitos
franceses, Voltaire, Rousseau, Balzac. Me formaram.
A escola francesa estimulava demais a
leitura e eu sempre gostei muito de ler. Depois, fui para a escola brasileira e
sempre me liguei aos professores de português. Adorava literatura desde cedo.
Estudei Letras (não concluí). Era a minha praia desde cedo. Tive um grupo de
leitura na PUC. Líamos Borges, Bioy Casares, Cortazar e muitas outras coisas.
Acho que a leitura ajuda construir um
tipo de articulação. Organiza o pensamento, aparelha a pessoa para argumentar.
E para sonhar.
A leitura traz cultura e nesse
sentido abre tantos horizontes quanto uma viagem. Acho que o principal a gente
aprende nos livros. Ler é muito. Alfabetiza, humaniza, forma. Recomendo
muito.
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