“Tenho certeza do poder do diálogo do pensamento que a
leitura proporciona. Nada é o que é, tudo pode vir a ser...”
Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato; os romances da
Condessa de Séguir; Os doze trabalhos de
Hércules, de Monteiro Lobato, fazem parte das minhas primeiras lembranças
de leitura.
Ficaram
na minha vida algumas grandes histórias, por exemplo, o romance entre Riobaldo
e Diadorim, em Grande sertão – veredas
; As aventuras e desventuras de Dom
Quixote; Memórias póstumas de Brás
Cubas, de Machado; o romance
contemporâneo Canteiros de Saturno, de Ana Maria Machado; A cidadela, de Cronin; A
Crônica da casa assassinada, de Lucio Cardoso.
Sobre
os autores? Então, nosso Guimarães Rosa; Machado de Assis; Ana Maria Machado;
Ruth Rocha; Ziraldo; Monteiro Lobato; Andersen; Os Irmãos Grimm; Câmara
Cascudo, Cecília Meireles...
Penso
que minha passagem pela escola foi bem importante. Eu era uma leitora voraz,
tinha prazer em ler, escrever, participar dos concursos de redação que logo na
escola primária me estimularam a escrever mais e mais. Quanto mais eu me
arriscava na escrita mais eu lia e vice-versa. Acho que é assim o processo
criativo: ele se alimenta do próprio alimento do exercício da criação.
A
leitura é capaz de influenciar nas escolhas, no caminho que se vai seguir, que
se vai viver, tenho certeza do poder do diálogo do pensamento que a leitura
proporciona. Nada é o que é, tudo pode vir a ser, o encontro da perspectiva do
outro, o entendimento das diferenças e, principalmente, a possibilidade da
transformação, enfim , da ampliação dos horizontes, tudo isso vem com a
leitura. Esta experiência nos ajuda a enxergar a nós mesmos, nos fornece um
espelho com o qual podemos, ou não, nos mirar.
Atualmente
leio romances... estou encantada pela obra de Milton Hatoum: Dois irmãos; Cinzas do norte; Órfãos do
Eldorado. Também adoro a obra da autora americana Lionel Shriver: O mundo pós-aniversário e Precisamos falar sobre kevin.
Na
minha trajetória de leitora, tenho marcadas algumas ideias, palavras e
expressões, me ocorre, agora, citar o final de um poema que está no livro
Arte–Educação: da pré-escola à universidade”, organizado por Luis Camargo, que
é assim: “Os pássaros da inspiração só pousam nas mãos de quem os alimenta.”
Personagens
também ficam, marcam, se fortalecem... por exemplo, Riobaldo, de Guimarães. Ele
me impressiona demais pelo linguajar sertanejo inventado pelo autor, misturado
com um verdadeiro tratado de filosofia que ele profere naquelas 700 páginas
apaixonantes.
Acho que ler é simplesmente bom. Uma
maravilhosa companhia. Com sua “algazarra silenciosa” (expressão criada por Ana
Maria Machado) provocada em nosso cérebro, o ato de ler nos emociona e nos
transforma a cada momento. Meu novo livro infantil, o décimo quinto, chama-se O mundo
dos livros... precisa dizer mais alguma coisa sobre minha paixão por
leitura?
http://biabedran.com.br/
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ResponderExcluirFernando
ResponderExcluirEu considero os textos de seu bloog de alta qualidade literária. Meu comentário é de que todos eles precisam ser organizados em um livro. Isso possibilitaria que um maior número de leitores tomassem conhecimento e dialogassem com esses escritos. Grande abraço,
Ana Ribeiro